terça-feira, 25 de setembro de 2012

Sweet part of the world

 
 
 
Sydney é uma cidade linda, que agrada tanto os turistas quanto os sydneysiders, mas como em tantas outras cidades grandes, acabamos presos na rotina de trabalho e estudo, desejando loucamente a hora das férias. O tão merecido “holiday” acaba sendo, na maoria das vezes, uma viagem mais planejada pela Ásia, Nova Zelândia, West ou East Coast, e os destinos mais próximos – também paraísos – acabam sendo adiados. O post de hoje é para quem, de livre só tem o fim de semana,  nenhuma férias em vista, e mesmo assim quer curtir aquele paraíso.
 
O meu destino é Port Stephens – um pedacinho de céu – que fica apenas 3 horas de Sydney. Quem já conhece Blue Mountains, Hunter Valley, Jervis Bay, Thredbo e até Byron Bay, e acha que já deu de NSW, está enganado. Port Stephens, conhecido pelos seus golfinhos e baleias, é o destino perfeito para o fim de semana.
 
Areias douradas, águas cristalinas, parques nacionais e uma vida marinha aquática riquíssima. É turística se considerada como destino de férias, mas seus turistas comem vegemite e falam mate. O fato de o carro ser o único transporte faz com que os “turistas de fora” optem por outros destinos, deixando a verdadeira população australiana super a vontade e aconchegados em suas casinhas de fim de semana.
 
Para quem vai passear, Nelson`s bay é a baía mais agitada da região – ou posso dizer única? Isso se vocês entenderem agitação como duas ruas de restaurantes, cafés, e lojas que só ficam busy nos finais de semana. Port Stephens é um destino para relaxar, pescar, fazer sand boarding, passear de barco, andar de bicicleta. Depois que o sol se põe – pausa para essa hora maravilhosa do dia – não há muito o que fazer. Ideal para famílias com crianças e casal de namorados.
 
Eu já fui duas vezes, e se pudesse iria mais algumas. A primeira levei a família só para passar o dia, e na segunda fiquei no simples e aconchegante Marina Resort. Recomendo.
 
Quem quiser mais informações sobre esta sweet part of the world só entrar http://www.portstephens.org.au/

sexta-feira, 20 de julho de 2012

West Coast - Australia


Para quem adora uma viagem de estrada, a costa australiana é a opção perfeita. O difícil é decidir qual delas: a leste ou oeste. Por conveniência, e por abrigar as maiores cidades do país, a costa leste é a mais popular. É o lugar ideal para quem, além do dia, também quer curtir a noite (leia-se party). Já a costa oeste é mais dia do que noite, mais animal do que gente, mais natureza do que cidade. Essa foi a vez da minha road trip pela West Coast. E bota road nisso.

Diferente da costa leste e o motorhome( para que nao leu, road trip) eu e uma amiga optamos por um pacote, com acomodação e comida inlclusa, que fazia o trajeto Perth to Exmouth em 7 dias. Éramos um grupo de 10 pessoas, que no final da viagem acabaram se apegando pela convivência, uns mais outros menos. Ótima oportunidade para quem esta viajando sozinho.

Pé na estrada. O caminho era longo, mas parada não faltava. A cada hora de viagem, uma praia, um pôr do sol, ou um animal selvagem cruzando a estrada eram motivo de descer.

De todas as fotos fico com as do deserto de Pinnacles, às de Sheel Beach - a praia onde as conchas eram areia - e as de Turquoise Bay - precisa falar a cor que era água?

De todas as aventuras, fico com o snorklening em Coral Bay, com a acelerada de quad biking nas dunas, e com a hiking pelas Stromatolites.

De todas as surpresas, fico com os incontáveis cangurus pela estrada, com os golfinhos famintos em Monkey Mia, e com o pôr-do-sol de tirar o folêgo em Shark Bay.

Além de toda a experiência de acordar as 5am para esperar o sol nascer, das noites estreladas nas fazendas, das conversas jogadas fora, dos jogos de baralho regados a vinho, do ar puro, e de toda a energia que a West Coast tem.

Agora posso falar que “vivi” The Beach na Thailandia, Eat Pray Love na Indonesia, Lord of the Rings na Nova Zelandia, mas [Thank God] nada de Wolf Creek em Western Australia.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Tonight


Para quem ainda nao conhece, o Tonight é a mais nova febre do Iphone. O free app foi lançado na semana passada e promete tomar conta das telinhas do seu celular. O intuito é dividir com seus amigos, ou com o público, através de 3 opções – staying in, going out ou not sure - quais são os planos para “tonight”.

Na teoria parece bem invasivo mas na prática o app é uma delícia. Além de ficar sabendo quais são os lugares melhores frequentados na noite, dá para ter idéias e até marcar encontros com pessoas ainda desconhecidas.

Em Sydney está sendo um sucesso. Para celebrar o lançamento do app, o bairro mais famoso  da Austrália – Bondi – recebeu mais de 3.000 pessoas em 15 diferentes pubs/restaurantes/clubs que ofereceram siganture dishes and drinks a preços ótimos.

Durante os 3 dias da comemoração, que foi de quinta à sábado, a idéia era passar por vários dos locais, mudando e comentando o status no “Tonight”.

Adorei as dicas que vi, e de todos lugares que segui, Bondi Hardware é sem dúvida o meu favorito. Destaque para a pizza de rocket parmesan and prosciutto e para o expresso martini.
Vai lá. Baixe o seu. Confesso que desconfiei da popularidade do app, mas depois deste fim de semana estou achando que o Instagram vai ficar no chinelo.


quinta-feira, 22 de março de 2012

Hot Yoga

“Come everyday the next 3 months and I will give you a new body , a new life” Bikram says – dizia a professora na minha primeira aula de Bikram Yoga.  Estava contandos os dias para escrever um post sobre essa “nova” modalidade, conhecida também como Hot Yoga. Mas antes que eu saísse reproduzindo o que os “bikram junkie`s”  pregam, resolvi testar. Nada a perder se tratando de Yoga né?


Prazer, a mais nova Bikram addicted.
Para quem não sabe, o Bikram Yoga é uma série de 26 posturas e 2 exercícios de respiração, que são praticados em uma sala aquecida a 40.6graus durante 90 minutos, e tem esse nome devido ao seu fundador Bikram Choudhory. Ele afirma que devido a temperatura da sala, se consegue um maior aquecimento dos músculos, sendo mais fácil aprofundar nos alogamentos.
A prática ficou bem conhecida nos EUA, Canada, Europa e Australia e atraiu muitas celebridades.  Lady Gaga, Madonna e Ashton Kutcher são frequentadores assíduos. Pena que no Brasil ainda é muito pouco conhecida. So existe um estúdio, no Rio de Janeiro. Mas não duvido que até o final desde ano se espalhe pelas outras cidades (se não abrirem um, eu abro.rs)
Além de detox, weight loss – queima-se de 600 a 1500 calorias por aula – o Bikram Yoga é considerado preventivo e curativo. A rápida circulação do sangue ajuda a previnir problemas cardíacos além de estimular e restaurar cada músculo, junta e orgão do corpo. Sou prova viva depois de estirar o ligamento e recuperá-lo em um mês de Bikram.
Mas para ser uma prática saudável, o aluno tem que se comprometer em mudar seus hábitos alimentares. Devido ao suor excessivo o corpo precisa repor magnesio, cálcio, sódio e potássio, encontrados principalmente em frutas e vegetais. O consumo de água deve aumentar para 4 litros diários. Seguindo as recomendações, todas as idades e tipos físicos são bem-vindos.
Não é fácil, mas é viciante. Extremo calor, sede, coração a mil. Desafio para o corpo e a alma. Busca pela vontade, paciência e calma. E no final a recompensa: o relaxamento, a mente vazia, a plenitude do corpo e a sensação de limpeza interna imediata. É o que eu sinto até hoje, depois de 8 meses de prática, quando ainda deitada no mat, vivencio meu último shavasana.
O segredo de tudo? A respiração.
“Never too old, never too sick, never too late to do yoga and start from scratch once again” Bikram Chadhoury

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Australia Day



Dia 26 de Janeiro de 1788 – o dia em que Arthur Phillip e seus  11 navios inlgleses chegaram à Australia.
Apesar da data marcar este evento o dia foi nomeado “Australia Day” não antes de 1935 [e renomado “Invasion Day” pelos aborígenas], e só em 1994 o dia se tornou feriado nacional e motivo de celebração. Fácil de imaginar o estilo contemporâneo das comemorações né?
Claro que acontecem eventos culturais por toda a cidade, fogos de artifício, a nomeação do australiano do ano, entre outros... Mas mais da metade da população australiana estão nas ruas celebrando entre churrascos, festas e festivais.
Um dos maiores festivais de música do país, o Big Day Out acontece em Sydney bem no feriado. Além disso, cada bairro promove o seu próprio evento. Aqui em Bondi Beach o dia é da famosa “Havaianas Thong Challenge”, uma competição de havaianas infláveis no mar.
Assim como o carnaval no Brasil, o feriado se tornou sinônimo de festa e bebedeiras, com a triste diferença  que o feriado aqui não é prolongado. Este ano, o Australia Day caiu na quinta-feira e os empregadores já deram seu recado: nada de desculpas para “sick day” na sexta-feira, e se forem beber, que seja com moderação.
Agora, me diz, que australiano é esse que vai beber com classe tendo a desculpa de estar celebrando o seu próprio dia?
Sorry, I don`t know any.


sábado, 21 de janeiro de 2012

Sydney - Por Patrícia Perdigão

[Entrevista para o blog www.whatabout.com.br de Carolina Rache]

Sidney Paty Perdigão


Por que Sydney?
Além do clima parecido, o lifestyle de Sydney tem muito de Brasil. É praieira e turística e por isso é fácil para os brasileiros se adaptarem à cultura. Tem tudo aquilo que amamos: praia, sol, esportes, saúde, festas e um cardápio multicultural. Plus, muita qualidade de vida.

Quando ir?
Sydney foi feita para o verão. Recomendo visitar entre Outubro e Março para poder usufruir as badaladas praias urbanas, passeios de carro pela costa, churrascos, almoços e drinks ao ar livre. Além do que, é no verão que a cidade abre as portas para os melhores festivais de música, gastronomia e arte.

Quanto tempo ficar?
Para visitar um mes é suficiente. Para estudar, no mínimo 6 meses. E para morar, para sempre.

Onde ficar?
Como brasileira, nao vim para a Austrália para morar no centro da cidade. Entao recomendo as duas praias de melhor conveniência: Bondi Beach, no sul, e Manly Beach, no norte. Ambas, meia hora da city.

Ideal para?
Trabalhar e estudar ao mesmo tempo – uma vez que eles concedem esse direito. Surfar. Viajar. Se bronzear. Assistir jogos de rugby.  Conhecer gente, cangurus, coalas. Fazer compras e relaxar.

Programas culturais?
Os pontos turísticos mais famosos de Sydney estão no coração da cidade. Acima da baía mais famosa está a Harbour Bridge, que separa o Ópera House e o Jardim Botanico – à direita – do bairro mais antigo de Sydney formado por pedras, o The Rocks – à esquerda. Ainda na city, está o Darling Harbour, um porto muito charmoso rodeado por restaurantes, cafés, o maior cinema 3D do mundo, o grande aquário, e o Wild Life onde podemos ver de perto os cangurus.

Restaurantes?
North Bondi Italian: Tradicional restaurante italiano, frequentado por um público seleto.  O balcony ao ar livre com vista para a praia mais famosa da Austrália – Bondi – é ideal para almoçar com os amigos em um fim de semana de sol saboreando um gelado vinho rosé. Prato favorito: “Bucatini all Nero” Squid cooked in its own ink with a little chilli tomato sauce.

Compras?
O centro commercial mais estiloso em Sydney está localizado na Pitt Street. Nessa região, além do Westfield – shopping mais famoso da Austrália – duas grandes lojas de departamento se destacam pela divesidade de produtos: Myer e David Jones.
O Queen Victoria Building é reconhecido por abrigar marcas consagradas e pela sua arquitetura totalmente diferenciada.

Baladas?
Kings Cross é uma das áreas mais badaladas de Sydney com dezenas de bares, boates e restaurantes de todos os tipos. Recomendo para quem quer dançar e badalar até o amanhecer.
Outra opcao é a City, onde as baladas mais sao mais seletas e os Dj`s renomados. Minha favorita é a Ivy Pool, devidamente corada com bagalos e piscina iluminada. Para agradar aos ouvidos, o melhro da house music. Mas atencao: só entra quem está bem vestido e não aparenta ter bebido muito. (Nada de queimar a largada no pré, heim?!)

Furada?
Alugar um trailer com camas, cozinha e banheiro para subir o litoral. Perrengue. – Falo por experiêcia própria – Prefira um carro ou aviao.

O que levar na mala?
Roupa de banho, cangas brasileiras, chinelo hawaiana, e muito protetor solar. Com o sol aqui não se brinca.

Sydney pode não ser a capital, mas é a maior metrópole da Austrália. Vá por sua paisagem sem igual, com quilômetros de litoral, pelo porto de cair o queixo e pelos parques montanhosos – tudo regado à clima tropical quente. Precisa mais?


North Bondi Italian Restaurant

domingo, 15 de janeiro de 2012

Quando você volta?


“Quando você volta?” é com certeza a pergunta mais ouvida pelos brasileiros que vieram para a terra dos cangurus e se esqueceram de voltar. Isso porque é muito comum extender a estadia por aqui. Na maioria das vezes, tudo começa nas aulas de inglês, seguido de diploma (leiam-se business),  universidaes , sponsor, casamento... e por aí vai. Não necessariamente em ordem.
Claro que muitas pessoas vêm com apenas algum desses objetivos, cumprem e voltam para o Brasil. Mas o post de hoje é especialmente para aqueles que ainda não se decidiram. Não é de maldade, mas essa é uma pergunta impossível de responder.  Impossível porque nem nós sabemos. Não dá para saber o que vai acontecer amanhã, literalmente.
A questão principal é o visto. Para quem está no visto de estudante, o meu caso, tudo é esperança. Sei te responder o dia que ele acaba, mas não sei te falar se até lá terei um visto de trabalho ou se terei pique para continuar "estudando" . Ou mais, quem sabe um mestrado, uma outra graduação, um “defacto”. É por isso que a decisão de ir ficando é quase sempre de última hora.
Com o visto em dia e a cabeça mais tranquila, temos tempo para pensar se é melhor viver na Austrália ou no Brasil. No primeiro mundo ou no terceiro. No inglês ou no português. No rugby ou no futebol. No vegemite ou no requeijão... e por aí vai. E claro, junto de todos aqueles motivos pessoais que pesam na hora de colocar na balança.
O difícil é saber para qual lado.







Brasil x Australia
Assistam o teaser feito pelos brasileiros da HeyMate TV. Muito bom! (link acima)

domingo, 8 de janeiro de 2012

Família na Austrália


Para a maioria dos brasileiros que vivem na Austrália o Natal e o Ano Novo chegam juntos daquela imensa saudade da família. Tentamos de tudo para matar um pouquinho dessa saudade:  natal com os amigos, ceia brasileira, amigo oculto, skype, vídeos, fotos... mas ainda fica faltando o principal: a presença. No meu segundo natal australiano, assim como alguns outros sortudos (esse ano tiveram vários), tive o privilégio de receber o papai e a (boa)madrasta.
Só quem vive fora e recebe uma visita dessas sabe o quão boa é a sensação. O tempo é contado e queremos curtir cada segundo. E além de aproveitarmos nosso encontro, temos uma lista de cenários e passeios maravilhosos para decorar os dias da melhor maneira.
Falar, explicar, descrever, é uma coisa. Mostrar é outra. Para eles, e para nós. Skype é ótimo, email funciona, telefone ajuda... Mas quando eles sobem no avião e veem olhar de perto à vida dos filhos, se encantam. Mais do que isso, apoiam com propriedade. Claro, engolindo todo o apego e saudade.
Me diz, qual é o pai que vem visitar o filho(a) em Sydney e nao dá todas as razões para ele ter trocado (mesmo que temporariamente) o Brasil pela Austrália? O que mais impressiona é a qualidade de vida. Sem dúvidas. Depois vem toda a paisagem de cair o queixo, o clima, as praias, os portos, os restaurantes, os vinhedos, as estradas, os costumes, e por aí vai.
Hoje, poucas horas depois de deixá-los no aerporto, posso dizer que me sinto realizada em ter conseguido mostrar ao meu pai e à Gláucia, além de tudo que é físico, um pouquinho da minha história com a Austrália. E muito feliz em ter compartilhado minha casa, minha rotina e meus programas.
Um fish n` chips no Darling Harbour, um vinho em Hunter Valley, uma picanha de kangaroo no The Rocks. Dois waffles de chocolate no Max Brenner. Alguns camarões frescos em Bondi Beach. Várias Coopers, Super Dry`s, Carltons.
Um passeio no Botanic Gardens. Uma ida ao Aquário, Zoológico, Galeria de Arte. Uma viagem de carro pela costa. Algumas noites de drinks e queijos em casa. Vários passeios pela Harbour Bridge e Opera House e umas férias sem igual.
Carrego agora, e a todo momento, mais uma saudade de vocês.
A saudade de vocês aqui.


segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Namaste



Saúde, harmonia e felicidade - Com carinho e cuidado venho falar da minha mais nova realização: o Yoga. Sempre ouvi falar mas nunca tive muita paciência.  Isso porque quando queria mudanças físicas e mentais eu procurava alternativas rápidas, que por sinal, nunca eram duradouras.

Então resolvi tentar o Yoga, sem nenhum compromisso. Na primeira semana já comecei a perceber uma melhora física e o bem-estar. Confesso que a primeira aula não foi fácil, pensei em desistir, mas a sensação do “após” me fez voltar no outro dia. E nos outros dias, e nas outras semanas, e nos outros meses.

Aos poucos fui encorporando as mudanças que eu estava trazendo para minha vida, com muito sentido e encaixe. Aumentei minha vitalidade, melhorei a alimentação e percebi que tomar decisões tinha se tornado natural e mais fácil.  Foi então que comecei a entender essa tal relação entre o corpo e a mente.

O Yoga é um guia, e ensina também o que fazer quando se está fora das aulas. Qualquer que seja sua intenção, quando se fazem mudanças positivas com base na autopercepção, é possível conectar-se com seu eu verdadeiro e entender por que se faz isso.


Mudar ou transformar?

Muitas vezes, as nossas mudanças nao passam de uma mera agitação de mentes inquietas, que no final, não nos transformam em nada. Já a transformação é mais intensa pois implica em deixar muitos valores e comportamentos para trás.

A minha dica é começar aos poucos, incorporando pequenas mudanças e simples atitudes à uma rotina que aumente o seu bem-estar. Não tenha dúvidas que a transformação vai chegar naturalmente.

Mudar é a pergunta, transformar é a resposta. Mudar é lagarto, transformar é camaleão. Mudar é remédio, transformar é cura. Mudar é unilateral, transformar é multidimensional. Mudar é ginástica, transformar é Yoga. Mudar é pra hoje, transformar é pra sempre.


Namastê Yoga
[Para quem não sabe, Nama significa reverência, as significa eu, te significa voce. A tradução do que eu disse seria “Eu me curvo a você, Yoga”]

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

O ritmo da Indonesia

Quando olho para o meu passado, encontro uma mulher bem parecida comigo - por acaso, eu mesma - porém essa mulher sabia menos, conhecia menos lugares, menos emoções. [Martha Medeiros]



Confesso que demorei algum tempo para conseguir colocar a Indonesia no papel. Mas acho que sei porque. Quando viajamos para um lugar novo queremos desbravar, conhecer e achar aquilo que é novo e diferente da nossa rotina.  O que eu achei de diferente na Indonesia foi eu mesma e o meu ritmo de viagem, claro, influenciada pelo clima do país.

O pré-aeroporto já dizia um pouco.  Mala pronta em meia hora, ansiedade zero e nenhuma pressa no caminho para pegar o avião. A minha única expectativa era que Bali continuasse me proporcionando essa tranquilade. Uma viagem nada planejada que foi acontecendo da melhor forma. Curti o meu tempo e descobri o meu ritmo. Algo que só a Indonesia soube me mostrar.

Cheguei. Centro de Bali, Kuta, Legian e Seminiak. Uma feira hippie gigante, pessoas indo e vindo o tempo todo, balineses oferecendo até a alma e uma praia longe do que chamam de paraíso. Uma caminhada de duas horas pela areia preta e no final do dia a recompensa: um por do sol sem palavras com o maior sol já visto no cocktail bar Ku de Ta. Enquanto a noite caia, saímos do movimento e seguimos para Ubud, aquele vilarejo onde se passa a história do livro Comer, Rezar e Amar.



Éramos quatro meninas. O vilarejo, com sua arquitetura hindu, é habitado por nativos amigáveis e macaquinhos ladrões, mostrando a parte cultural de Bali, que por sinal me deixou bem animada pra um Yoga com vista para os campos de arroz. Tivemos até aquela conversa com o lendário guru do filme, o Ketut Lyiar. Cada uma curtia da forma que queria, uma na massagem, outra na piscina, uma no yoga, outra nas lojinhas. O ritmo era acordar cedo, aproveitar o dia e sentir o sono vindo logo depois do jantar. É, nada de festas. Afinal, era o ritmo que Ubud nos permitia ter. E eu estava adorando.



Depois de três dias, a tranquilidade mudou de cenário. Chegamos no paraíso dos surfistas, ou melhor, paraíso dos surfistas brasileiros: Uluwatu e Padang Padang. As ruas de terra ligam uma praia na outra, as vilas são simples e aconchegantes, e os receptivos balineses, que aprenderam a falar português devido à demanda, não perdiam a chance de dizer oi gatinha bonita toda vez que passávamos. Até arroz com feijão se come por lá, e que idéia boa teve esse brasileiro de abrir um PF Brasil em um casebre logo atrás da praia dos surfistas. Céu azul, sol quente e de duas uma: ou surfa ou relaxa.  Mais uma vez o ritmo do lugar me contagiou e eu arrumei dois balineses com a boa vontade (por poucos dólares) de ficar 5 horas naquele mar azul me ensinando a surfar. Resultado: caldos e mais caldos, queimadura de sol, dores muscular, barriga ralada, e a conclusão de que mesmo assim eu quero mais.



Quatro dias se passaram e o destino final: Gili Island, ou posso chamar de paraíso? Sim, de todos os lugares, foi o melhor, e mais bonito, e mais azul, e mais gostoso, e mais feliz!  Saímos do hinduísmo de Bali e fomos, em um speed boat, para uma ilha mulcumana na Indonésia, onde ficamos até o final da viagem. Gili Island nao tem onda para surfista, mas é o mar mais incrível que já vi. A ilha principal tem só uma rua, e é onde se acha peixes frescos, sorvete italiano, cineminha pé na areia, bangalôs de frente para ao mar, casa na árvore, e tudo aquilo que me fez trocar uma viagem de drinks e baladas, por uma viagem relaxante e de qualidade.




Agora eu entendo porque muita gente volta a Bali várias vezes. Eu vou fazer o mesmo. É o lugar perfeito para escolher o seu ritmo, seja ele qual for, recarregar as energias e sentir um enorme prazer em estar bem para ver e viver todo esse paraíso.